POR UNANIMIDADE: TJMT torna deputado Mauro Savi réu em ação penal sobre suspeita de fraudes na Sema

 POR UNANIMIDADE: TJMT torna deputado Mauro Savi  réu em ação penal sobre suspeita de fraudes na Sema mauro savi
RedaçãoO Pleno do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), por unanimidade, nesta quinta-feira (25), recebeu a denúncia que acusa o deputado estadual Mauro Savi (PSB) de ser um dos líderes do esquema deflagrada na Operação Dríades, que apura fraudes na ordem de R$ 104 milhões na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).Com a determinação, o parlamentar passa a ser réu da ação penal. A denúncia foi oferecida em outubro de 2016 pelo Núcleo de Ações de Competências Originárias (Naco) do Ministério Público Estadual (MPE) e acusa Savi, junto com o ex-deputado José Riva, de liderar um esquema que teria fraudado créditos florestais do Sisflora (Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais), na Sema.O Naco afirmou que os valores fraudados teriam sido utilizados para custear as campanhas eleitorais no ano de 2014.Também foram denunciados: Juliana Aguiar da Silva (servidora da Sema) e seu marido Wladis Borsato Kuviatz; Fabrícia Ferreira Pajanoti e Silva (assessora de Mauro Savi); Jacymar Capelasso (ex-assessora de Riva); Paulo Miguel Renó (servidor da Sema, em Cuiabá); Eliana Klitzke Lauvers (prima de Mauro Savi e vereadora de Nova Monte Verde) e seu marido Audrei Valério Prudêncio de Oliveira.Como possui prerrogativa de foro por ser deputado, Mauro Savi é o único que responde ao caso no Tribunal de Justiça. Os demais são investigados na Vara Contra o Crime Organizado de Cuiabá.Conforme a denúncia, duas empresas pertencentes a Audrei Oliveira foram beneficiadas pelo inserção dos créditos inexistentes.O Gaeco e o Naco narraram que, em junho de 2014, a assessora de Mauro Savi, Fabrícia Pajanotti, intermediou um encontro entre Eliana Lauvers e a servidora Juliana Aguiar da Silva, responsável pela inserção dos dados falsos no sistema Sisflora da Sema.A reunião teria ocorrido no gabinete de Mauro Savi, ocasião em que, segundo a denúncia, Eliana Lauvers se apresentou em nome de seu marido Audrei Oliveira.Segundo a denúncia, a assessora Fabrícia Pajanotti ficou com a função de receber os pedidos de inserção e repassá-los a Juliana Aguiar que, por sua vez, teria inserido os dados falsos no sistema.O mesmo esquema teria ocorrido quando da inserção de dados falsos em favor da empresa Babilônia Comércio e Exportação Ltda – ME, também pertencente a Audrei Oliveira.Em sua defesa, todavia, o deputado Mauro Savi alegou que a denúncia trouxe apenas alegações genéricos e que ele nunca agiu em prol da organização criminosa. Outro argumento do parlamentar foi o de que o MPE não demonstrou qual foi a sua participação nos crimes.