POR UNANIMIDADE: TJMT torna deputado Mauro Savi réu em ação penal sobre suspeita de fraudes na Sema
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26/01/2018 - 08:46
mauro savi
RedaçãoO Pleno do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), por unanimidade, nesta quinta-feira (25), recebeu a denúncia que acusa o deputado estadual Mauro Savi (PSB) de ser um dos líderes do esquema deflagrada na Operação Dríades, que apura fraudes na ordem de R$ 104 milhões na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).Com a determinação, o parlamentar passa a ser réu da ação penal. A denúncia foi oferecida em outubro de 2016 pelo Núcleo de Ações de Competências Originárias (Naco) do Ministério Público Estadual (MPE) e acusa Savi, junto com o ex-deputado José Riva, de liderar um esquema que teria fraudado créditos florestais do Sisflora (Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais), na Sema.O Naco afirmou que os valores fraudados teriam sido utilizados para custear as campanhas eleitorais no ano de 2014.Também foram denunciados: Juliana Aguiar da Silva (servidora da Sema) e seu marido Wladis Borsato Kuviatz; Fabrícia Ferreira Pajanoti e Silva (assessora de Mauro Savi); Jacymar Capelasso (ex-assessora de Riva); Paulo Miguel Renó (servidor da Sema, em Cuiabá); Eliana Klitzke Lauvers (prima de Mauro Savi e vereadora de Nova Monte Verde) e seu marido Audrei Valério Prudêncio de Oliveira.Como possui prerrogativa de foro por ser deputado, Mauro Savi é o único que responde ao caso no Tribunal de Justiça. Os demais são investigados na Vara Contra o Crime Organizado de Cuiabá.Conforme a denúncia, duas empresas pertencentes a Audrei Oliveira foram beneficiadas pelo inserção dos créditos inexistentes.O Gaeco e o Naco narraram que, em junho de 2014, a assessora de Mauro Savi, Fabrícia Pajanotti, intermediou um encontro entre Eliana Lauvers e a servidora Juliana Aguiar da Silva, responsável pela inserção dos dados falsos no sistema Sisflora da Sema.A reunião teria ocorrido no gabinete de Mauro Savi, ocasião em que, segundo a denúncia, Eliana Lauvers se apresentou em nome de seu marido Audrei Oliveira.Segundo a denúncia, a assessora Fabrícia Pajanotti ficou com a função de receber os pedidos de inserção e repassá-los a Juliana Aguiar que, por sua vez, teria inserido os dados falsos no sistema.O mesmo esquema teria ocorrido quando da inserção de dados falsos em favor da empresa Babilônia Comércio e Exportação Ltda – ME, também pertencente a Audrei Oliveira.Em sua defesa, todavia, o deputado Mauro Savi alegou que a denúncia trouxe apenas alegações genéricos e que ele nunca agiu em prol da organização criminosa. Outro argumento do parlamentar foi o de que o MPE não demonstrou qual foi a sua participação nos crimes.