REVIRAVOLTA POLÍTICA: Adilton Sachetti sinaliza que pode ser candidato a governador em chapa contra Pedro Taques

REVIRAVOLTA POLÍTICA: Adilton Sachetti sinaliza que pode ser candidato a governador em chapa contra Pedro Taques adilton
Por Mário Marques de Almeida   As movimentações políticas do deputado federal Adilton Sachetti (ainda no PSB), nos últimos dias, apontam que ele pode estar sinalizando para uma candidatura majoritária nas eleições de 2018 e não é para uma das duas vagas ao Senado que se abrem neste ano na representação parlamentar mato-grossense, em Brasília.Se ele não está mirando o Senado, até porque mantém forte vinculação com o senador licenciado Blairo Maggi (PP), de quem é aliado de muitos anos, atual ministro da Agricultura e que já declarou que irá disputar a senatória, qual é o foco de Sachetti?Numa avaliação preliminar, para quem conhece o mínimo sobre política, conclue-se que Adilton também não está atrás de nenhuma suplência em uma das candidaturas a senador, até porque esse tipo de busca de espaço não exige os contatos e esforços políticos que ele vem fazendo.Representante legítimo do agronegócios, que é seu berço profissional e político, também pode-se deduzir que não será uma eventual vaga de candidato a vice-governador que Adilton Sachetti estaria ambicionando, por exemplo, numa chapa encabeçada pelo atual governador Pedro Taques (PSDB), que é candidato à reeleição. O atual vice do governador tucano, Carlos Fávaro, pequeno produtor da região de Lucas do Rio Verde, foi uma indicação do agro, mais precisamente tendo seu nome levado a Pedro Taques pelo megaempresário Eraí Maggi, primo de Blairo e que joga “fechado” com o ministro da Agricultura, sobretudo nos momentos decisivos da carreira política do ex-governador, senador e agora ministro. E um desses momentos cruciais da trajetória de Blairo ocorre com a necessidade de sua reeleição ao Senado – e não será o seu primo e amigo Eraí quem vai faltar com esse apoio.Se  Eraí, no setor empresarial tem voo próprio e independente de Blairo, já no campo político e partidário eles mais convergem do que divergem, razão pela qual é possível conjecturar que Sachetti, caso este fosse seu desejo, não precisaria se empenhar tanto para ser indicado vice de  Pedro Taques em 2018. Bastaria uma troca de posição entre ele e Fávaro, com este assumindo uma candidatura a federal e Sachetti indo para vice.  O que não é nenhum “bicho de sete cabeças”, ou seja, complicado para se operar, isto porque ambos pertencem ao mesmo grupo da soja, digamos assim. Essa mexida no tabuleiro não afetaria os planos de Taques, que não vai dispensar, supõe-se, uma parceria com o segmento agropecuário, especialmente quando, ao que tudo indica, deverá enfrentar os obstáculos de uma reeleição que, desde agora, aponta que não será tão fácil como sua eleição em 2014.Resumo: Se Adilton Sachetti não está articulando o Senado, a suplência de senador ou a vice na chapa de Taques, só resta uma hipótese nessa equação: ele tenta viabilizar uma candidatura ao Governo do Estado e, pela desenvoltura como vem se movimentando, leva a crer que não se trata de nenhum “balão de ensaio” e também que ele não está sozinho nessa caminhada.