HAJA AÇODAMENTO! Antes sequer de começar sua segunda gestão em Cuiabá, Emanuel Pinheiro se lança candidato a governador em 2022
HAJA AÇODAMENTO! Antes sequer de começar sua segunda gestão em Cuiabá, Emanuel Pinheiro se lança candidato a governador em 2022
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16/12/2020 - 01:25
Análise política da Redação
Açodamento não falta! Prefeito reeleito da Capital pode estar articulando para forçar, com dois anos de antecedência, o debate político e eleitoral de 2022.
Nem bem iniciou o segundo mandato (previsto para começar em 1º de janeiro próixmo) à frente da prefeitura de Cuiabá, cargo para o qual se reelegeu após uma disputa acirrada contra Abílio Junior (Podemos), o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) está dando sequência ao que pode ser considerado uma antecipação do processo eleitoral de 2022. Com dois anos de antecedência, ele já se coloca como eventual candidato a governador do Estado.
Mais uma vez, a exemplo do que fez em ocasiões anteriores, em inúmeras outras declarações públicas, Pinheiro disse, durante entrevista à radio Metrópole FM nesta terça-feira (15), que “sonha em ser governador”.
“Se eu falasse que eu não sonho em ser governador eu estaria sendo falso. Todo político que chega ao novo cargo de prefeito da capital sonha com o segundo cargo mais importante da esfera administrativa do Estado”.
Pelo menos nisso, ele foi sincero! O ruim é sua precipitação em abordar (de novo!) um tema que está fora de contexto, e não dedicar seu temp para mostrar o que pretende fazer, nessa nova gestão, para solucionar os graves problemas que persistem afetando a sociedade, em vários setores.
Reeleito com a margem apertada de 51,15% dos votos, com essa insistência em “marcar posição” como pré-candidato a governador, Pinheiro corre o risco de passar a impressão, perante o eleitorado cuiabano e de outras cidades, como um político que sequer começou o mandato para o qual foi reeleito e já está sinalizando que tem outras prioridades que podem atropelar o foco na administração de Cuiabá.
Embora o prefeito tentou diminuir o impacto do que pode ser interpretado como “carreirismo político e eleitoral” – uma prática repudiada pela maioria da sociedade – , amenizou sua fala e enfiou, no meio da entrevista, uma suposta “missão divina”, como se Deus estivesse empenhado em conduzi-lo ao comando do Palácio Paiaguás, antes até da nova missão de gerir os destinos da cidade.. “Mas isso (se lançar candidato em 2022) tem que ser sem forçar a vontade divina (como se Deus pudesse ser “forçado”), sem colocar a carroça na frente dos bois e sem brincar com os compromissos com a população cuiabana”, concluiu.