EM CAUSA PRÓPRIA: Câmara de Cuiabá dobra valor de  "verba de indenização" e aumenta  salário de vereadores para R$ 18,9 mil

 EM CAUSA PRÓPRIA: Câmara de Cuiabá dobra valor de 
 [Redação Presidente da Câmara, Misael Galvão, comandou a sessão. Ele se despede da Casa, pois foi rejeitado nas urnas Antes de encerrar os trabalhos legislativos, na tarde desta terça-feira (29), a Câmara Municipal de Cuiabá aprovou o aumento do salário dos vereadores de R$ 15 mil para R$ 18,9 mil. O reajuste beneficiará os parlamentares da próxima legislatura, que tomam posse no próximo dia 1º de janeiro, mas só vale a partir de janeiro de 2022. No total, foram 15 votos favoráveis. Os vereadores Diego Guimarães (Cidadania), Abílio Junior (Podemos), Felipe Wellaton (Cidadania), Wilson Kero Kero (Podemos), Sargento Joelson (SD), Toninho de Souza (PSDB), Marcelo Bussiki (DEM) e Dilemário Alencar (Podemos) votaram contra o aumento. Ainda foi registrada uma ausência. A medida se deu por meio da aprovação de um projeto de lei de autoria da Mesa Diretora. O projeto de lei justifica que o aumento corresponde a 75% do valor do subsídio dos deputais estaduais de Mato Grosso, que, hoje, é de R$ 25 mil. Conforme a direção da Casa, a proposta tem o objetivo de corrigir a defasagem salarial dos vereadores, tendo em vista que a remuneração não era reajustada há duas legislaturas. Atualmente, cada parlamentar recebe R$ 15 mil, a título de remuneração. Porém, o reajuste será válido somente em 2022, devido à lei federal que proíbe os aumentos. A aprovação só foi possível devido a uma alteração no Regimento Interno do Legislativo Cuiabano, o qual foi aprovado na semana passada. A nova redação garante que os parlamentares votem o aumento salarial a qualquer tempo, durante o ultimo ano da legislatura, sendo que o novo valor passará a valer apenas a partir da legislatura subseqüente. Anteriormente, o Regimento Interno determinava que este tipo de projeto só poderia ser votado antes das eleições. "O último reajuste que tivemos foi em janeiro de 2013. No ano de 2017, não tivemos aumento de salário. Este projeto de lei de autoria da Mesa Diretora, de forma legal, estabelece que esse reajuste passe a vigorar a partir de janeiro de 2022", disse o vereador Chico 2000 (PL). Já Abílio Jr. classificou a manobra como “imoral”, apesar de estar dentro dos parâmetros legais. "Vocês não valem R$ 18,9 mil. Fico abismado com esses vereadores que perderam a eleição e estão aqui se queimando ainda mais com a população. A pergunta que eu faço: qual é o acordo?", disse. As declarações de Abílio não agradaram aos seus colegas de Parlamento, especialmente os que integram a base governista. "Foi derrotado nas eleições porque foi arrogante e mentiroso. Mas uma vez, está aqui ofendendo todos os vereadores dessa casa. Desrespeitando, inclusive, aqueles que estiverem do lado dele. Este, pra mim, não merece atenção nenhuma. Quem é Abílio pra falar de moralidade? Faça um exame de consciência, vereador Abílio, para que o senhor possa abrir a boca e falar de moralidade. Vossa Excelência sempre usou a estrutura da Assembleia de Deus para fazer suas ações particulares. Lave a boca para falar de moralidade. Com relação à matéria. estou muito tranquilo: não tem imoralidade, ela está muito bebe estabelecida na lei", rebateu Chico 2000. Na véspera de Natal (24), os vereadores aprovaram o aumento da Verba Indenizatória (V.I.), de R$ 9 mil para R$ 18 mil mensais. INDENIZAÇÃO - Durante a sessão desta terça-feira, também foi aprovada a criação da verba indenizatória para os chefes de gabinetes da Câmara. Os vereadores implantaram a verba indenizatória de R$ 5 mil a esse funcionárioso. Anteriormente, o benefício era de R$ 7 mil, valor equivalente ao salário. O pagamento foi suspenso no mês passado, por decisão judicial. O projeto foi aprovado por 17 votos favoráveis, dois contrários, uma abstenção e quatro ausências. Felipe Wellaton (Cidadania) e Abilio Júnior (Podemos) foram os únicos que se opuseram à proposta.