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DOIS ANOS PRESIDENTE: Bolsonaro ataca Imprensa, diz que "o Brasil está quebrado" e que não consegue "fazer nada"; pobreza extrema avança no país
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05/01/2021 - 23:29
Redação Em meio aos rotineiros ataques à Imprensa e terceirizando responsabilidades (culpar a mídia é uma delas), além de sua gestão não ter um plano definido para a vacinação em massa contra a Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro completou 2 anos à frente do país e declarou nesta terça-feira (5) que "o Brasil está quebrado" e que ele não consegue "fazer nada". Bolsonaro disse ainda que a "mídia sem caráter" potencializou a pandemia de covid-19 no país.
O presidente deu a declaração em Brasília, durante uma conversa com um grupo de apoiadores na saída da residência oficial do Palácio da Alvorada, antes de seguir para seu escritório, no Palácio do Planalto.
"Chefe, o Brasil está quebrado, chefe. Eu não consigo fazer nada. Eu queria mexer na tabela do imposto de renda, teve esse vírus potencializado pela mídia que nós temos aí, essa mídia sem caráter", disse Bolsonaro.
A mudança no imposto de renda mencionada por Bolsonaro trata-se da alteração da faixa de isenção, tema que foi promessa de campanha do presidente. Em dezembro, Bolsonaro chegou a falar em subir para R$ 3 mil a faixa de isenção, que atualmente está em R$ 1.903,98.
Com relação à pandemia, o Brasil é, atualmente, o terceiro país com o maior número de casos de covid-19, com 7,7 milhões de pessoas que já foram infectadas pelo novo coronavírus. Apenas Estados Unidos (com 20,9 milhões) e Índia (com 10,3 milhões) estão à frente.
Já em número de mortes, o Brasil é o segundo da lista: são mais de 196 mil óbitos causados pela covid-19, acima da Índia, que tem 149 mil mortes, e atrás apenas dos EUA, com 355 mil. Todos os números são da universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos.
Até agora, o ministério da Saúde ainda não definiu uma data para o início da vacinação da população brasileira. De acordo com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a previsão é que a vacinação comece no final de janeiro, "na melhor hipótese", e em meados ou no final de fevereiro, "na pior hipótese"
Extrema pobreza avança e atinge 14 milhões de famílias no Brasil
Famílias possuem renda mensal de até R$ 89 por pessoa
A quantidade de famílias na faixa de extrema pobreza no Brasil que se cadastraram no Cadastro Único (CadÚnico) ultrapassou a marca de 14 milhões, sendo o maior número desde o ano de 2014.
De acordo com informações do Ministério da Cidadania, quase 40 milhões de indivíduos no país estão na miséria, que são famílias que possuem renda de até R$ 89 por pessoa.
Já até o mês de outubro, 2,8 milhões de famílias ocupavam a faixa de pobreza, com renda entre R$ 90 e R$ 178 por morador.
Até o mês de dezembro de 2018, o último do governo de Michel Temer, 12,7 milhões de famílias estavam cadastradas na faixa de extrema pobreza. Já sob a presidência de Jair Bolsonaro, a quantidade subiu em 1,3 milhão.
Com o fim do auxílio emergencial e de outros programas colocados em ação por conta da pandemia do novo coronavírus, é esperado que os dados cresçam ainda mais. Até o mês de novembro, 14,3 de famílias estavam aprovadas no Bolsa Família.