Apesar da escalada mortífera do Coronavírus, que para diminuir os índices elevados de mortandade depende de medidas drásticas de isolamento social, a exemplo do projeto de lei do governador Mauro Mendes determinando a antecipação de 10 feriados, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), considera que a atitude do governador foi “precipitada” e “sem planejamento". “Decisão precipitada, sem nenhum planejamento. Se inspirou em São Paulo, mas não dialogou com os gestores municipais, nem com a sociedade”, disse. No entanto, para observadores independentes e que acompanham as investidas de Emanuel contra as ações de Mauro, o prefeito tenta emplacar um discurso que busca politizar uma questão grave de saúde pública, para capitalizar dividendos dessa postura “oposicionista”, já que o próprio Emanuel é que disse poder vir a ser candidato a governador em 2.022. Se a avaliação estiver correta, Emanuel, forçando essa rivalidade  e polarização com Mauro Mendes, estaria precipitando o processo eleitoral no “momento errado e mais inoportuno possível”, ou seja, em pleno pico de uma das mais graves epidemias que se alastra por Cuiabá e Mato Grosso, além do Brasil. Voltando a querer judicializar a questão, Pinheiro não descarta impetrar com ação contra a medida do Governo do Estado de endurecer o isolamento, para frear a velocidade como o vírus vem se propagando “No outro decreto, perdemos parcialmente no Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal Federal, e tivemos vários dispositivos suspensos. Quanto a esse novo decreto, estamos esperando o governo concretizar pra avaliar”, disse Emanuel Pinheiro. Entre os feriados que serão antecipados, estão Dia da Consciência negra, Corpus Cristhi, Dia do Servidor e aniversários das cidades.