DONO DA HAVAN: Empresário bilionário ataca presidente do TJ por ela defender distanciamento social contra propagação da Covid
DONO DA HAVAN: Empresário bilionário ataca presidente do TJ por ela defender distanciamento social contra propagação da Covid
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31/03/2021 - 13:50
Redação
Embora o distanciamento social e o combate às aglomerações sejam medidas cientificamente recomendadas como capazes de frear o agigantamento da pandemia e a mortandade de pesosas causada pelo vírus enquanto a população não é vacinada, o dono- da rede de lojas Havan, o empresário bolsonarista bilionário Luciano Hang, atacou duramente a presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), a desembargadora Maria Helena Póvoas, pela decisão que determinou o lockdown em 50 cidades de Mato Grosso. Por meio do Instagram, o proprietário da varejista qualificou a magistrada como “mesquinha e desumana”.
“O mínimo que essa senhora deveria fazer é se desculpar publicamente com a povo mato-grossense pela colocação tão mesquinha. Além de tudo, ela devia se lembrar que o Poder Judiciário não produz riqueza, caso o Estado quebre vai faltar para ela também”, disse por meio do Instagram nesta quarta-feira (31).
Hang seguiu o comentário ríspido afirmando que a juíza está “acomodada” com a alta remuneração que recebe do Poder Judiciário e não seria afetada com a imposição das medidas restritivas sugeridas pelo Governo do Estado. “Para ela é muito fácil apresentar este tipo de argumento quando os seus mais de R$60 mil de salário estão garantidos”, complementou.
Vale destacar que, assim como o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), Hang se posiciona fortemente contra o fechamento do comércio e toque de recolher como medidas de combate a pandemia. Em Mato Grosso, o empresário abriu já abriu nove filiais, destruídas na capital e no interior do Estado.
Durante a pandemia, a rede de lojas chegou a ser multada em mais de R$ 30 mil por descumprir os decretos e medidas de combate a pandemia. A varejista, contudo, recorreu para não pagar o montante.
ofensa
Os ataques do empresário bilionário à magistrada mato-grossense que, ao longo da sua carreira na vida pública tem pautado seus atos pela correção, independência e firmeza como julgadora, também representa uma ofensa a toda mgistratura e, num sentido mais amplo, à sociedade de Mato Grosso como um todo.