FANTÁSTICO! Escândalo da “lavagem” de dinheiro com notas de abastecimento suspeito atinge deputados federais de MT

FANTÁSTICO! Escândalo da “lavagem” de dinheiro com notas de abastecimento suspeito atinge deputados federais de MT
Dos quatro políticos mato-grossenses que aparecem na relação da ONG Observatório Político Socioambiental como suspeitos de abastecimentos "frios", tem o ranking liderado pelo deputado José Medeiros (Podemos) Os deputados federais José Medeiros (Podemos) e Juarez Costa (MDB), ambos da bancada mato-grossense no Congresso Nacional, aparecem em relatório da Operação Tanque Furado, realizada pela ONG Observatório Político Socioambiental (OPS), que apontam suspeitas de desvios de recursos públicos através de notas fiscais de abastecimento de combustíveis. Além de Medeiros e Juarez, também figuram na lista dois políticos de Mato Grosso, são eles: Ságuas Moraes (PT) e Valtenir Pereira (MDB). O segundo nome tentou a reeleição em 2018, mas só conseguiu ficar como suplente de deputado federal. No entanto, Juarez Costa como os demais citados aparecem na relação dos suspeitos de “lavagem” com combustíveis apresentando gastos bem abaixo dos que são atribuídos ao deputado bolsonarista José Medeiros, que apresentou seis notas fiscais entre fevereiro e abril de 2019, totalizando R$ 9,3 mil.  O emedebista Juarez Costa aparece no relatório com uma única nota fiscal apontada pela ONG como suspeita, no valor de R$ 1,6 mil e data de 30 de abril de 2020. Já o suplente Valtenir Pereira foi citado por causa de uma nota fiscal no valor de R$ 2,5 mil, relativa a um abastecimento de combustível realizado no dia 14 de janeiro de 2019. Quanto ao ex-deputado Ságuas Moraes tem em seu nome uma nota de abastecimento no valor de R$ 1,1 mil, com a data de 22 de janeiro de 2019. O escândalo dos abastecimentos suspeitos veio à tona em reportagem do Fantástico no último domingo (18). De acordo com a reportagem, Lúcio Big, fundador do Observatório Político Socioambiental - que em 2020 ganhou um prêmio internacional criado pela ONU de reconhecimento a ações de combate à corrupção - lidera um grupo com mais de 200 colaboradores de todos os estados do Brasil. O instituto denuncia às autoridades gastos irregulares, e, desde 2013, já recuperou mais R$ 6 milhões para os cofres públicos. "Centenas de abastecimentos em um só dia, enorme quantidade de litros de combustíveis em uma só 'mangueirada', abastecimento em favor de empresas e de pessoas estranhas aos gabinetes e até abastecimentos “sob medida” para cravar o limite mensal da cota", diz trecho do texto do relatório de 309 páginas. O período auditado pela ONG vai de janeiro de 2019 a dezembro de 2020 e aponta gastos suspeitos de mais de R$ 27 milhões, e ainda informa que os casos suspeitos foram encaminhados ao Ministério Público Federal, Tribunal de Contas da União e à Câmara dos Deputados para que as medidas necessárias sejam tomadas.