PSD de Fávaro e Neri Geller é cotado para indicar vice em chapa encabeçada por Lula

PSD de Fávaro e Neri Geller é cotado para indicar vice em chapa encabeçada por Lula urna
O PSD que em Mato Grosso tem nomes importantes na política regional, como o senador Carlos Fávaro e o deputado federal e ex-ministro da Agricultura, Neri Geller, além de figuras com destaque na vida pública e empresarial do Estado, pode indicar o candidato a vice numa eventual chapa encabeçada por Lula à Presidência da República. O nome cotado é o carioca Eduardo Paes. “Inteligente e articulado” – aliás, como definiu ser o ex-presidente, a “neobolsonarista” Janaína Paschoal -, Lula avança pela esquerda, centro e redutos da própria direita que se frustraram com os desacertos de Jair Bolsonaro na condução da crise da pandemia e sua falta de habilidade em matéria de política internacional, o que pode levar o Brasil ao isolamento perante a quase totalidade das nações.   Com visão ideológica extremada, Bolsonaro vem perdendo terreno, inclusive entre grupos que o apoiaram para presidente e hoje buscam novas alternativas. Esses grupos podem até não ter Lula como o seu candidato ideal, mas na hipótese de uma polarização entre Bolsonaro e ele, no segundo turno, já admitem apoiar o candidato do PT que se aproveita disso e vem, desde já, construindo aproximações que podem redundar em aliança. Nessa caminhada, Lula também é favorecido por pesquisas de credibilidade que apontam o seu favoritismo diante de um provável enfrentamento nas urnas, em 2022, contra Jair Bolsonaro. Nesse sentido, filiação do prefeito Eduardo Paes ao PSD fez brotar a especulação em torno de seu nome como provável vice na chapa de Lula à Presidência da República. Dois fatos impulsionam a possibilidade: o bom andamento entre as negociações do presidente do partido, Gilberto Kassab, e o PT, e a necessidade de se ter na composição um nome de centro, com comprovada força política no eixo Rio/Minas Gerais, estratégicos colégios eleitorais. – Eduardo seria um ótimo nome – opina o vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá, para quem a composição entre o prefeito do Rio e o ex-presidente Lula teria forte impacto eleitoral dado o caráter complementar de um e de outro. Outras duas alternativas no PSD seriam o próprio Kassab ou o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil. Kassab é de São Paulo; sua escolha, portanto, consistiria numa espécie de pleonasmo eleitoral, dada a redundância de origem. Kalil é candidato ao Governo do Minas. – Acho que, neste quadro, o Eduardo seria o nome ideal – acrescenta Quaquá. A saída de Eduardo Paes da Prefeitura do Rio em abril de 2022, com pouco mais de um ano de mandato, não é simples. O vice, Nilton Caldeira, embora mantenha relações fraternas com o prefeito, não é exatamente de seu grupo político. Neste caso, a prefeitura ficaria nas mãos de um aliado, mas não de um amigo, de fidelidade comprovada pela convivência. Há ainda o fato de ter negado a possibilidade de deixar a prefeitura por conta de outro projeto eleitoral. Seu compromisso público é recuperar a administração do Rio, posta em frangalhos na gestão de Marcelo Crivella. A este óbice haveria um forte argumento contrário: na vice-presidência teria condições ainda mais efetivas de ajudar o combalido Rio de Janeiro.