Já trabalhou em MT a médica que foi descartada por Bolsonaro da Saúde por se opor ao "tratamento precoce" com cloroquina para Covid 

Já trabalhou em MT a médica que foi descartada por Bolsonaro da Saúde por se opor ao
Pablo Roriigo - A Gazeta A médica infectologista Luana Araújo, que prestou depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 no Senado, e foi elogiada por ser crítica ferrenha ao chamado 'tratamento precoce com cloroquina' sem comprovação científica, já trabalhou em Mato Grosso.  Luana Araújo atuou no município Nova Mutum (264 KM ao norte de Cuiabá) por 2 anos e um mês, em um projeto de capacitação dos profissionais da Saúde da cidade, entre os anos de 2017 e 2018. Em várias postagens em suas redes sociais, a infectologista registrou os seus trabalhos na cidade mato-grossense   "Hoje encerro este ciclo mensal de treinamentos em Nova Mutum, tão exaustivo quanto produtivo. Atuamos em diversas frentes diferentes assuntos e públicos - buscando otimizar esforços, talentos individuais e recursos de forma específica para as necessidades da cidade", disse ela em uma das postagens.  A médica realizou treinamentos sobre hanseníase para os Agentes Comunitários de Saúde; realização de cursos para todos os profissionais de ensino superior da secretaria municipal de Saúde de Nova Mutum. O curso de antibioticoterapia fala sobre Infecções de Trato Urinário; de Pele e Partes Moles e Infecções de Vias Aéreas Superiores.  A médica também destacou a realização de Capacitação sobre Sarampo "para profissionais das 12 unidades de Saúde Básicae do hospital municipal, além dos profissionais de Educação do ensino público e privado da cidade", completa. Em várias postagem Luana Araújo aprece realizando palestras em escolas municipais, sempre rodeadas de adolescentes.  Luana Araújo chegou a coordenar a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à covid-19 do Ministério da Saúde por apenas dez dias. Porém, sua nomeação não foi concluída porque a ala ideológica do governo Bolsonaro não aceitou a sua nomeação. Luana disse na CPI que a não nomeação ocorreu por conta politização da pandemia no Brasil.  Ela é médica em Doenças Infecciosas, formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e mestrando em Saúde Pública pela Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg e a primeira brasileira a receber a prestigiosa Bolsa Sommer. Durante a CPI ela chegou a afirmar que o tratamento precoce contra a Covid-19 seria uma discurssão “discussão delirante”.  "É uma discussão delirante, esdrúxula, anacrônica e contraproducente. Quando disse que há um ano atrás estávamos na vanguarda da estupidez mundial, infelizmente ainda mantenho isso em vários aspectos. Porque ainda estamos aqui discutindo uma coisa que não tem cabimento. É como se a gente estivesse escolhendo de que borda da Terra plana a gente vai pular, não tem lógica", afirmou.