Redação Se depender do primeiro secretário da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Eduardo Botelho (Dem) a proposta de uma CPI da Pandemia não vinga em Mato Grosso. Botelho sai em defesa do governador Mauro Mendes, do mesmo partido, e diz que não existe possibilidade, por faltar evidências concretas de omissão ou desvio de conduta do chefe do Executivo estadual no enfrentamento à Covid-19, que resulte na instalação de uma investigação parlamentar.  O requerimento para abertura foi apresentado pelo deputado Lúdio Cabral (PT), que pede a investigação da ação do Governo Estadual no combate da pandemia da Covid-19, em razão de que o Estado possui a maior taxa de mortalidade pela doença no País. “Eu vejo que é muito difícil prosperar, muito difícil, porque não tem nenhuma prova dos argumentos que estão sendo colocados”, disse Botelho. “Para você começar uma investigação, tem que ter pelo menos um indício muito forte de que houve malversação, de que houve conduta ilícita. E até agora ninguém comprovou isso”, completou. Lúdio precisa conseguir oito assinaturas para que a CPI seja aberta na Casa, equivalente a um terço da Assembleia. Até o momento, apenas ele e o seu colega de bancada, deputado Valdir Barranco, assinaram o requerimento. Ao justificar a abertura da Comissão, o deputado afirmou que as medidas adotadas pelo Governo em 2020 foram “tardias e insuficientes”, além de criticar o afrouxamento das medidas restritivas e retomadas das aulas e do serviço presencial no Executivo, neste ano. Mato Grosso ultrapassou nesta semana a marca dos 500 mil casos e 13 mil mortes em decorrência da pandemia.