Galvan transforma Aprosoja em entidade "periférica" do bolsonarismo e pode ser afastado do comando da principal associação do agro brasileiro

Galvan transforma Aprosoja em entidade
Redação Denúncias de envolvimento da poderosa Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), presidida pelo empresário Antônio Galvan, em atos que pedem a destituição de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e, supostamente, estaria patrocinando manifestações antiemocráticas e que pregam a derrubada de instituições, está provocando um racha na entidade. De um lado, um grupo crescente de empresáros do setor de agronegócios, que deseja ver a Aprosoja afastada de militância político-partidária, e voltada exclusivamente para suas atividades técnicas e de defesa dos interesses corporativos da classe produtora rural que representa. Esse setor do empresariado rural está incomodado e desconfortável com as investidas bolsonaristas de Galvan, que vem usando as redes sociais e outros meios de comunicação para convocar atos em defesa de Bolsonaro e que, geralmente, extrapolam para pedidos de volta da ditadura e fechamento de poderes constituídos. Os empresários que adotam uma postura mais comedida e de centro, segundo o Página Única apurou junto às fontes do setor, não escondem mais o desejo de ver o afastamento de Antonio Galvan do comando da entidade. "Ainda que seja um licenciamento temporário da presidência, para que ele se dedique às manifestações que vem apoiando, sem comprometer o nome da Aprosoja". A afirmação é de expoente do agronegócio, que pediu reservas sobre seu nome. Mas confessou ser amigo de Galvan e de estar articulando uma saída honrosa para o empresário, depois da barafunda que ele se envolveu. O movimento que trabalha sua retirada do centro dos holofotes como principal diigente da Aprosoja, aumentou após a Polícia Federal cumprir, nesta sexta-feira, um mandado de busca e apreensão na residência da Antonio Galvan, em Sinop (500 Km ao Norte de Cuiabá). A PF também busca apreender o celular do líder do agronegócio brasileiro e intimá-lo para depor sobre sua eventual prticipação em manifestações que pregam atos violentos contra ministros do STF.