SEGUIDORES DO “MITO”: Bolsonaristas de MT se dividem entre apoiar Mauro Mendes ou lançar candidatura própria ao Governo do Estado

SEGUIDORES DO “MITO”: Bolsonaristas de MT se dividem entre apoiar Mauro Mendes ou lançar candidatura própria ao Governo do Estado
Redação Considerado um dos poucos, talvez o único Estado do país onde o bolsonarismo lidera em termos de popularidade e apoio, Mato Grosso, realmente, possui uma base fanática de seguidores do presidente, mais endeusado por aqui do que em outras regiões. O segundo estado brasileiro no qual Bolsonaro seguiria na frente nas intenções de votos numa eventual disputa presidencial é Santa Catarina. Em Mato Grosso não faltam bolsonaristas de carterinha, como o ex-deputado federal Victório Galli, afirmando que, se contar com o apoio do “mito”, Mauro Mendes seria imbatível. Em outros termos, Galli não disse, mas deixou implícito de que, caso não seja ungido por Bolsonaro, Mendes correria o risco de perder a disputa em 2022, na hipótese, é claro, do governador se dispor a disputar a reeleição. Ainda calado quanto se será, ou não, candidato a um segundo mandato no Executivo, as maiores possibilidade são no sentido que Mauro Mendes (Dem) deverá ser candidato à reeleição. Mas isto não é 100% seguro, tanto assim que ele, cauteloso, ainda não se lançou à sucessão. Por outro lado, no cenário que está se desenhando para 2022, com Lula despontando em todas as pesquisas como o principal favorito na disputa presidencial, as hostes bolsonaristas locais mostram, desde agora, uma divisão interna quanto se lançam candidato(a) ao governo estadual ou se apoiam Mendes. A dúvida existe entre eles, cujo grupo, basicamente  de extrema-direita, só se unifica em torno de Bolsonaro, mas apresenta grandes divisões no que se refere a outras candidaturas e projetos eleitorais. Em uma avaliação sobre a política mato-grossense, pelo que se percebe, Mauro Mendes não teria dificuldades para apoiar uma candidatura de Jair Bolsonaro à reeleição – se dificuldade existe nesse sentido seria da parte de Bolsonaro, que na sua tática de manter o país e as instituições fustigadas, alimentando permanentemente um clima de tensão política e social, vem atacando governadores – entre os quais, obviamente, se inclui Mauro Mendes -, responsabilizando-os pelos aumentos seguidos nos preços da gasolina, com o argumento de que o ICMS cobrado pelos Estados é o ”culpado” pela gasolina cara. Quanto a isso, já ficou claramente demonstrado que se trata de uma desculpa de Bolsonaro para se eximir da responsabilidade pela carestia (e não só dos combustíveis), pois o preço da gasolina no Brasil é cotado pela Petrobras lá fora em dólares, no mercado internacional, embora seja vendida no país em reais. Como o dólar está alto e o real enfraquecido, mais ainda pela inflação, os combustíveis estão com os preços elevados. Uma questão de politica de câmbio, de responsabilidade do governo federal.