G1 O empresário cuiabano Danilo Trento se calou em depoimento à CPI da Covid no Senado. Trento está amparado por uma decisão do STF, que assegurou a ele direito de não responder a perguntas que possam incriminá-lo, e optou por não responder, praticamente, nenhuma pergunta. Apenas questionamentos genéricos ele respondia de forma suscinta. Após se negar a responder a uma série de perguntas, o empresário terá seu sigilo quebrado. Isso porque, a CPI aprovou quebra de sigilo do empresário e do irmão dele. Danilo Trento é suspeito de ter participado das negociações para a compra de testes e da vacina indiana Covaxin, intermediada pela Precisa Medicamentos. Trento teria viajado com o diretor da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, à Índia para negociar vacinas. Os senadores suspeitam que Trento seja uma espécie de sócio "informal" de Maximiano e tenha se beneficiado de negócios com suspeitas de irregularidades. Apesar de ter uma decisão do STF que o ampara a ficar em silêncio, senadores da oposição ao Governo Federal chegaram a ameaçar prender o empresário Danilo Trento na CPI. Isso porque, ele se recusou a informar o endereço da empresa Primacial Holding, de sua propriedade. "Sinceramente, depoente que não tem a capacidade de fornecer o endereço da empresa, a capacidade e fragilidade moral dele é muito grande", disse o senador Otto Alencar, que estava presidindo a sessão. Um dos senadores alertaram que a Comissão poderia pedir a prisão dele, caso ele continuasse a se recusar a responder a pergunta. "A decisão do STF não lhe permite ocultar informações básicas, como é o enderelo do local onde trabalha", alertou outro senador. Após pedir para se reunir com os advogados, o empresário cuiabano retornou e respondeu a pergunta. A Primacial é localizada na Avenida Brigadeiro Faria Lima, 3144, São Paulo. Porém, ele se recusou a responder se ela fica no mesmo endereço da empresa Primaris e Saúde Bank, empresas de Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos.