DISPUTA NA CAPITAL: Lula só deve participar da campanha a prefeito de Cuiabá no 1º turno, caso tenha apenas um candidato de sua base de apoio
DISPUTA NA CAPITAL: Lula só deve participar da campanha a prefeito de Cuiabá no 1º turno, caso tenha apenas um candidato de sua base de apoio
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26/11/2023 - 14:40
ALENCASTRO
Por Mário Marques de Almeida
Pelo quadro que está se desenhando na cúpula política do presidente Lula, ele só participará da campanha eleitoral em Cuiabá caso houver apenas um(a) candidato(a) das forças de centro-esquerda e centro que o apoiam.
Na hipótese de ter mais de uma candidatura desse arco de aliança deverá ficará neutro no primeiro turno e só irá se posicionar se houver segundo turno com enfrentamento entre sua base política e eleitoral e a extrema-direita bolsonarista.
Na capital mato-grossense, o cenário quanto à posição que Lula deverá adotar ainda não está ainda bem claro, pois ainda, no âmbito local, está na dependência do deputado Eduardo Botelho se filiar no PSD.
Essa configuração política pode levar a dois candidatos da base de apoio de Lula que podem ser Botelho (se estiver filiado no PSD) e um nome do PT (Lúdio Cabral ou Rosa Neide), disputando com mais dois ou três candidatos de grupos que não estão alinhados com o governo federal. Se for essa a composição final (Botelho, Lúdio ou Rosa Neide), o presidente da República não deverá manifestar seu apoio no 1º turno.
Para não melindrar aliados que fazem parte da base de sustentação do presidente da República no Congresso Nacional, caso do PSD que é presidido em Mato Grosso pelo senador Carlos Fávaro, por coincidência também ministro da Agricultura de Lula.
Fávaro, por sinal, já deixou claro que o PSD só marchará com Eduardo Botelho se este deixar o União e se filiar à legenda comandada em Mato Grosso pelo ministro e, por sua vez, é presidida em Cuiabá pelo deputado estadual Wilson Santos.
De acordo com essa orientação, se não ocorrer a filiação de Botelho ao PSD, a decisão desse partido será apoiar o PT em Cuiabá.
Quanto a Wilson Santos ele é um entusiasta de Eduardo Botelho à prefeitura cuiabana, e defende que a situação partidária da candidatura seja definida o mais rápido possível. "Estamos correndo contra o tempo" e é uma decisão, por se tratar da Capital, maior colégio eleitoral de Mato Grosso, que pode interferir na reorganização de forças políticas em todo o Estado.
Referendando essa tendência sobre a presença de Lula nas campanhas eleitorais nas capitais, o senador Humberto Costa (PT-PE), coordenador do grupo de trabalho eleitoral do PT nacional, disse, esta semana, que “talvez o presidente deixe para se manifestar num segundo turno.”, referindo-se aos locais onde haja mais de uma candidatura que faça parte do aparato de apoio ao governo federal.
Perfil que se encaixa no caso de Cuiabá, desde que Botelho – que já vem demonstrando simpatias por Lula – ingresse oficialmente nessa corrente.
Mário Marques é jornalista e atua na consultoria de Marketing político e eleitoral