RESULTADO DAS URNAS: Emanuel Pinheiro “lava a alma e o paletó”, e se reelege prefeito

RESULTADO DAS URNAS: Emanuel Pinheiro “lava a alma e o paletó”, e se reelege prefeito
Análise políticaPor Mário Marques de Almeida Emanuel Pinheiro (MDB), tendo ficado atrás de seu adversário, Abílio Junior (Pros), no primeiro turno, por uma diferença de cerca de 50 mil votos, protagonizou a maior virada da história política e eleitoral de Cuiabá, se reelegendo prefeito da Capital com 51,15% dos votos válidos contra 48,85 de seu concorrente. É a vitória de quem não se deixou abater pelo desânimo do resultado do primeiro turno, e foi à luta, liderando seus seguidores, motivando-os à conquista de milhares de novos votos. Inclusive de muitos daqueles que votaram em Abílio no primeiro turno e mudaram de opinião, optando por Emanuel neste domingo (29). Outro fator que contribuiu para a reeleição de Pinheiro, foi o chamado “voto útil” – daqueles cidadãos e cidadãs que discordam das pautas conservadoras, não só de costumes, mas também de ideologia política, muitas delas de extrema-direita, defendidas pelo candidato do Prós, que pregava o fim de conquistas democráticas preconizando, por exemplo, a extinção de conselhos municipais reguladores de várias políticas públicas, como as voltadas para a Cultura, entre outras. Foram parcelas importantes desses votos, uteis e pragmáticos, que em outras circunstâncias não seriam de Emanuel, mas eram, e são, contra essas pautas de Abilio, que ajudaran a eleger Pinheiro. Cabe agora, ao prefeito reeleito assegurar o apoio, caso queira expandir sua base, desse contingente democrático de votos. Parcela deles de pessoas que projetam política muito além de apenas uma eleição, por mais importante e significativo que o pleito seja, conforme é o caso da disputa que acabamos de assistir. Também pesou contra Abílio as agressões constantes a profissionais da Imprensa, mostrando um viés de truculência, desequilíbrio emocional, incompatíveis com quem postula dirigir os destinos de uma Capital, como é o caso de Cuiabá. Principalmente com o histórico de formação de uma cidade edifificada sobre bases sociais com origem na genética de gente de índole pacifica, alegre e tolerante com as diferenças e divergências. À parte esses fatores, o marketing de Abílio, no segundo turno, errou quando, ao invés de enveredar por uma linha mais propositiva, insistIu na desconstrução da imagem de Emanuel – que já estava sendo sucateada desde quando explodiu, há 4 anos, o episódio do paletó e o atual prefeito virou “saco de pancada” de todos seus adversários. Bater nessa tecla, remetendo ao paletó, que já estava no passado, e agora está “lavado” pelo resultado das urnas, foi uma falha estratégica monumental da campanha de Abílio, que começou grande em termos eleitorais, no primeiro turno, e encolheu! Mário Marques de Almeida e jornalista e atua no marketing político e eleitoral